Workshop discute o potencial da citricultura no Vale do São Francisco



Os mais recentes resultados das pesquisas com citros vão ser apresentados no II Workshop sobre Potencial da Citricultura no Vale do São Francisco, a ser realizado no dia 30 de maio, no Auditório da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), em Juazeiro (BA). Questões importantes para implantação e manejo dos pomares - porta-enxertos, cultivares, copas, além de temas fitossanitários e produção de mudas de qualidade – constam da programação de palestras de especialistas da Embrapa, de instituições estaduais e da iniciativa privada.

Com vagas limitadas, o workshop tem o objetivo de promover o debate com produtores e técnicos sobre as inovações tecnológicas capazes de incrementar o negócio com os citros. O mercado brasileiro, em especial o nordestino, apresenta demandas que dão bases para o desenvolvimento de uma citricultura competitiva no Vale do São Francisco.

O evento é atividade de projeto que reúne pesquisadores da Embrapa Mandioca e Fruticultura e Embrapa Semiárido em estudos voltados à diversificação da fruticultura nas áreas irrigadas do Nordeste. Neste trabalho são avaliados alguns porta-enxertos, entre cerca de 40 cultivares de laranjeiras, tangerineiras, limoeiros, pomeleiros, e limeiras ácida e doce.

Estudos


Conforme análises realizadas no Laboratório de Fisiologia Pós-Colheita da Embrapa Semiárido, há cultivares com alto teor de suco e açúcar elevado, ideais para o consumo in natura. Débora Costa Bastos, pesquisadora da área de citros da empresa e coordenadora do workshop, afirma que são considerados alguns elementos para definir esses parâmetros de qualidade, como casca, polpa e equilíbrio do sabor.

Diversas cultivares estão sendo estudadas e a experiência é considerada positiva pela pesquisadora. “Alguns dos materiais testados têm demonstrado grande potencial para plantio comercial na região”, afirma.

Além disso, ela considera relevante a produção de algumas das cultivares em períodos de mercado desabastecido pela ausência de safras nas áreas tradicionais de cultivo. “Antecipar colheitas para períodos de mercado pouco abastecidos é um dos grandes diferenciais a estimular investimentos de plantios dessa espécie nas áreas irrigadas do Vale”, explica Débora.

De acordo com a pesquisadora, a laranja é um bom exemplo. As cultivares 'Pera D-9', 'Pera D-12', 'Pera D-25' e 'Pera C-21', podem ser colhidas no Vale do São Francisco, no final de abril ao final de maio, época em que São Paulo - o maior estado produtor de citros - não está em produção.
Segundo Débora, a estimativa de produtividade dessas laranjas gira em torno de 35 a 40 toneladas por hectare e “a baixa incidência de doenças e pragas indica o potencial de expansão dessa atividade dentro da citricultura brasileira”.

Inscrições


As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo telefone (87) 3861-4442 ou no Escritório de Apoio da Embrapa Semiárido, localizado no Centro de Convenções Senador Nilo Coelho, em Petrolina-PE. Outra opção de inscrição para o II Workshop sobre Potencial da Citricultura no Vale do São Francisco é preenchendo o formulário online
 
Marcelino Ribeiro
Embrapa Semiárido

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