Qual o destino correto dos animais que morrem de causas rotineiras ou catastróficas em propriedades rurais? Esta é uma pergunta que muitos produtores e órgãos regulamentadores se fazem quando o assunto é a destinação de carcaças. Para auxiliar no tema, a Embrapa atua na validação de práticas e tecnologias consideradas rotas tecnológicas, por meio do projeto “Tecnologias para Destinação de Animais Mortos – TEC-DAM”.
O objetivo do projeto é auxiliar produtores e órgãos regulamentadores na definição da melhor estratégia para a remoção das carcaças e na regulamentação específica sobre o tema no Brasil. O projeto é liderado pela Embrapa Suínos e Aves e conta com a participação da Embrapa Gado de Leite (MG) e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Há duas estratégias para a correta destinação de animais mortos: o tratamento dentro do estabelecimento agropecuário ou a remoção para centrais de tratamento. Em ambos os casos, é necessário avaliar o cenário e as condições em que a morte ocorreu, lembrando que óbito de animais por doenças de notificação obrigatória deve ser comunicada ao Serviço Veterinário Oficial do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Ao tratar o problema dentro do estabelecimento agropecuário, o produtor pode optar pelas soluções tecnológicas como a compostagem em leiras ou acelerada, incineração, desitratação ou biodigestão anaeróbia.
Por sua vez, a estratégia de remoção ainda carece de regulamentação específica no Brasil e deve ser feita de maneira criteriosa, seguindo recomendações de biosseguridade, oficialmente legalizadas e regulamentadas, com rastreabilidade acompanhada pelo Serviço Veterinário Oficial. “Caso o processo ocorra de forma incorreta pode causar impactos negativos, tanto na disseminação de enfermidades nos rebanhos, quanto fechar as portas para o mercado exportador”, destaca o pesquisador da Embrapa Nelson Morés, integrante do projeto TEC-DAM.
Se feita de maneira correta, a remoção pode trazer impactos positivos para as cadeias produtivas, com benefícios econômicos, ao meio ambiente e aos trabalhadores nas propriedades. “A regulamentação da coleta e transporte de animais mortos pode gerar ganhos de escala nos processos de tratamento disponíveis para aplicação dentro da porteira quando utilizados em centrais de tratamento, como unidades regionais de compostagem, usinas de biogás, fábrica de fertilizantes orgânicos e organominerais”, explica o pesquisador Everton Krabbe, líder do projeto na Embrapa.
Monalisa Leal Pereira (MTb 01139/SC)
Embrapa Suínos e Aves
Embrapa Suínos e Aves
Fonte: Embrapa
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