Um projeto desenvolvido pela Embrapa no âmbito do Programa Água Doce (PAD) pretende avaliar a viabilidade do uso de resíduos de dessalinização em cultivo de plantas alimentícias halófitas (resistentes à salinidade). Atualmente, os rejeitos do processo dos sistemas dessalinizadores já em funcionamento no âmbito do programa do Ministério do Meio Ambiente são utilizados para a criação de peixes e plantio de forrageiras para nutrição de caprinos.
Segundo o pesquisador
Luiz Carlos Hermes, da Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP), a quinoa é
uma das espécies em avaliação. Luiz Carlos Hermes explica que a espécie
nativa da região andina do Peru, Bolívia, Equador e Colômbia é um
alimento muito nutritivo, considerado o mais completo dentro do reino
vegetal, que pode servir como fonte de alimentação humana e de renda.
Conforme
explicou Hermes, o projeto vai atuar em várias frentes, com o objetivo
de gerar impactos positivos no campo ambiental e social. “As
oportunidades e os desafios são muitos, o que vai demandar o apoio de
uma equipe com especialidades específicas com o ambiente semiárido, além
da participação de órgãos municipais, estaduais e federais, por
exemplo.”
O Programa Água Doce
Entre os dias 27 a 30 de
novembro de 2018, Luiz Carlos Hermes e a chefe de Transferência de
Tecnologia da Embrapa Meio Ambiente, Paula Packer, participaram do
Encontro Regional “O Brasil que Cuida das Suas Águas: construindo as
bases para o Programa Nacional de Revitalização de Bacias Hidrográficas –
Região Nordeste” e do Encontro Nacional do Programa Água Doce 2018, em
Salvador (BA).
Durante o evento, representantes do MMA e dos
governos estaduais beneficiados pela iniciativa assinaram o IV Pacto
Nacional de Execução do programa, que visa dar continuidade aos
convênios e planos estaduais, fortalecer os núcleos locais e integrar o
PAD às políticas de saúde e de educação no âmbito estadual, entre outras
medidas.
O Programa Água Doce atua em comunidades rurais do
semiárido brasileiro com o objetivo de ampliar o acesso à água de
qualidade para o consumo humano, por meio de sistemas de dessalinização
de água salobra. A iniciativa abrange os nove estados do Nordeste e
também Minas Gerais.
Durante o evento em Salvador, houve a
entrega de 145 sistemas de dessalinização do programa. Os equipamentos
foram implantados em 24 municípios do semiárido baiano, com capacidade
para beneficiar população aproximada de 58 mil pessoas residentes em
comunidades rurais.
Os sistemas concluídos na Bahia são parte de
um conjunto de entregas realizadas pelo PAD nos estados de Alagoas,
Ceará, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe, que somam 589
sistemas, contemplando cerca de 230 mil pessoas com água de qualidade no
semiárido brasileiro.
Para saber mais sobre o Programa Água Doce:
http://www.mma.gov.br/agua/agua-doce
http://www.mma.gov.br/mma-em-numeros/programa-agua-doce.html
http://www.mma.gov.br/agua/agua-doce
http://www.mma.gov.br/mma-em-numeros/programa-agua-doce.html
Fonte: Embrapa
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