Os principais representantes dos pulses como fontes de proteínas vegetais são grão de bico, ervilha, feijão e lentilha - Foto: Henrique Carvalho/Embrapa Hortaliças |
O desenvolvimento de proteínas e alimentos à base de vegetais será o tema da live que a Embrapa Agroindústria de Alimentos realizará no dia 9 de julho, às 18 horas, com transmissão ao vivo pelo canal na Embrapa no Youtube (youtube.com/embrapa). O bate-papo vai contar com a participação das pesquisadoras Caroline Mellinger e Janice Lima (Embrapa Agroindústria de Alimentos, Rio de Janeiro), Ana Paula Dionísio (Embrapa Agroindústria Tropical, Fortaleza) e de Gustavo Guadagnini, diretor executivo do The Good Food Institute (GFI) no Brasil.
Entre os assuntos a serem abordados, está o projeto da Embrapa para o desenvolvimento de insumos proteicos vegetais, a partir de pulses, visando substituição de proteína animal em alimentos. A pesquisadora Janice Lima explica que a soja foi, até pouco tempo atrás, a principal matéria-prima nacional para a produção de proteínas vegetais na forma de concentrados, isolados e texturizados proteicos. “Nesse contexto, os pulses aparecem como fontes de proteínas vegetais, sendo ervilha, feijão, lentilha e grão de bico os principais representantes”, acrescenta.
Os dois projetos da Embrapa sobre desenvolvimento de ingredientes para alimentos à base de vegetais, recém aprovados no “Programa de Incentivo à Pesquisa” do The Good Food Institute, também serão apresentados. Um dos projetos é da Embrapa Agroindústria de Alimentos, em parceria com a Embrapa Arroz e Feijão (Santo Antônio de Goiás, GO). O objetivo é otimizar a produção de concentrado e isolado proteico do feijão carioca, contribuindo para acelerar a escala de produção de alimentos à base de vegetais, a partir desse grão amplamente cultivado e consumido no Brasil. “A ideia é viabilizar a adoção desses ativos por empresas brasileiras, aumentando a oferta de ingredientes proteicos vegetais, primeiramente no Brasil e, depois, no mercado internacional”, explica a pesquisadora Caroline Mellinger.
O outro projeto é da Embrapa Agroindústria Tropical e tem como foco desenvolver uma tecnologia economicamente viável para transformar os resíduos do caju em alimentos vegetais, que se aproximem das características sensoriais de alguns alimentos de origem animal. "Possibilitar o aumento de escala da fibra do pedúnculo de caju tem sido uma demanda de mercado cada vez mais intensa. Adaptar processos que permitam a obtenção de uma fibra de elevada qualidade em maior escala, será um dos nossos grandes desafios para os próximos anos", destaca a pesquisadora Ana Paula Dionísio.
As propostas estão entre as 21 aprovadas por cientistas de nove países e vão receber um investimento de R$ 20 milhões (US$ 4 milhões) do GFI. Os recursos são provenientes de doações filantrópicas e os projetos têm um prazo de conclusão de até 24 meses.
O diretor executivo do The Good Food Institute no Brasil, Gustavo Guadagnini, explica que o objetivo do GFI é ajudar a criar um sistema alimentar global mais saudável, sustentável e seguro. “Por isso, apoia o setor de proteínas alternativas, usando ciência, tecnologia e inovação para ofertar alimentos tão nutritivos e deliciosos quanto os produtos de origem animal. Além disso, cria conexões entre governo, empresas e academia para promover alinhamento e sinergia das ações em prol desses novos produtos”.
Segundo ele, a Embrapa é um ponto estratégico nessa rede, pois tem capacidade para dar suporte tecnológico e científico ao desenvolvimento desse mercado. “Nesse sentido, nossa parceria é uma grande conquista e pode ajudar o Brasil a se tornar protagonista no cenário das proteínas alternativas", conclui.
Serviço:
Live: O desenvolvimento de proteínas e alimentos à base de vegetais
Data e horário: 9 de julho, das 18 às 19 horas (horário de Brasília)
Transmissão ao vivo: youtube.com/embrapa
Embrapa Agroindústria de Alimentos
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