monilíase do cacaueiro |
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou nesta quarta-feira (3) a Portaria nº 467 prorrogando, por um ano, o prazo de vigência da emergência fitossanitária relativa ao risco iminente de introdução da praga quarentenária ausente Moniliophthora roreri (Monilíase do Cacaueiro) nos estados do Acre, Amazonas e Rondônia.
O estado de emergência fitossanitária para a Moniliophthora roreri está vigente desde o dia 4 de agosto de 2021. A prorrogação visa reforçar as medidas de prevenção e evitar a dispersão da praga para as áreas de cultivo de cacau e cupuaçu. Os estados do Amazonas e Rondônia foram incluídos na declaração por serem as unidades da federação que fazem fronteira com o Acre.
“Apesar dos focos terem sido controlados, o fungo Moniliophthora roreri produz esporos que podem permanecer viáveis por meses em frutos velhos e até mesmo na superfície das folhas, além disso, sua capacidade de dispersão pelo vento somada à grande quantidade de plantas hospedeiras em toda a área indica um alto o risco de surgimento de novos focos”, esclarece a chefe da Divisão de Prevenção e Vigilância de Pragas, Juliana Alexandre.
A Portaria também estabeleceu as diretrizes para elaboração do Plano Estadual Emergencial de Prevenção, Supressão e Erradicação da praga pelos três estados. O PEE-Monilíase deverá ser elaborado pelo Órgão Estadual de Defesa Sanitária Vegetal em articulação com a Superintendência Federal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SFA).
O objetivo do Ministério da Agricultura é conseguir erradicar a praga na maior brevidade possível, enquanto ainda se encontra em uma área restrita do país.
Foco detectado no Acre
Em julho de 2021, um foco da praga foi detectado em área residencial urbana no município de Cruzeiro do Sul, interior do Acre. A confirmação da praga no Brasil foi obtida por meio de análise laboratorial, realizada pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de Goiânia (LFDA/GO).
A monilíase é uma da doença devastadora que afeta plantas do gênero Theobroma, como o cacau (Theobroma cacao L.) e o cupuaçu (Theobroma grandiflorum), causando perdas na produção e uma elevação nos custos devido à necessidade de medidas adicionais de manejo e aplicação de fungicidas para o controle da praga.
A doença atinge somente as plantas hospedeiras do fungo, sem riscos de danos à saúde humana. Na América do Sul, a praga já se encontra presente no Equador, Colômbia, Venezuela, Bolívia e Peru.
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