Para manter o apiário sempre com grande capacidade produtiva, deve-se controlar periodicamente a idade da rainha, ou seja, substituí-la em intervalos regulares
Por Andréia Oliveira
A reprodução de uma rainha oferece ao apicultor uma oportunidade singularmente favorável para influenciar o futuro comportamento e desempenho produtivo da colônia de abelhas. Dentre as principais funções da abelha rainha em uma colmeia, temos: postura para perpetuar a espécie, aumento da população de abelhas campeiras e liberação do feromônio de união – para que todas as abelhas saibam o que fazer dentro da colmeia.
Segundo Etelvina Conceição Almeida da Silva e Paulo Sérgio Cavalcanti Costa, professores do Curso a Distância CPT Produção de Rainhas e Multiplicação de Enxames, disponível nos formatos em Livro+DVD, para manter o apiário sempre com grande capacidade produtiva, deve-se controlar periodicamente a idade da rainha, ou seja, substituí-la em intervalos regulares.
Para procurar a abelha rainha, primeiramente é preciso fumegar a entrada das operárias com fumigador, para neutralizar o feromônio – hormônio liberado pela rainha para organizar a colmeia. Esse procedimento é feito para que a fumaça confunda as abelhas e para que a rainha suba para a tampa.
Em geral, a abelha rainha fica em locais escuros, por isso, torna-se difícil encontrá-la. Caso a rainha não seja encontrada, recomenda-se fechar a colmeia para repetir o procedimento no dia seguinte. Por outro lado, se ela for encontrada, é necessário que o apicultor a descarte.
Rainhas com coloração amarelo opaca, estão velhas e não apresentam boa postura. Nesse caso, a produção de mel da colmeia será prejudicada, porque haverá menos operárias para o trabalho. O ideal é que a abelha rainha apresente uma cor dourada bem forte – isso indica que ela é de boa qualidade e excelente postura.
Assim que a rainha é retirada da colmeia, as operárias órfãs começam a trabalhar para formar uma nova abelha rainha. Para isso, elas escolhem as larvas mais vigorosas para alimentar com geleia real. Com isso, elas ganham força e se desenvolvem em células maiores – as realeiras. A primeira abelha que nasce extermina as outras e vira a nova rainha.
Entretanto, para que a rainha seja de alto padrão, o apicultor deve intervir no processo natural. Assim que a rainha é retirada, após quatro dias, é preciso verificar a colmeia. Basta levantar os quadros para ver quais realeiras estão operculadas – ou seja, as que apresentam todo casulo fechado. Isso indica que as abelhas estão prontas para nascer.
Nesse caso, devem ser eliminadas todas as realeiras operculadas – pois certamente são operárias. Já as abelhas nas realeiras não operculadas estão sendo alimentadas com geleia real desde o ovo, isto é, elas formarão novas rainhas – com coloração mais dourada, abdome maior e maior postura.
É importante destacar que abelhas que formam opérculo em quatro dias são operárias e as que formam opérculo em seis dias são rainhas. Se o apicultor preferir, pode adquirir abelhas rainhas melhoradas geneticamente, ao invés de realizar esse procedimento.
Em geral, troca-se a abelha rainha quando a colmeia apresenta redução na postura – com cerca de um a dois anos de vida.
Fonte: Globo Rural
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