O Ministério do Meio Ambiente (MMA) criou nesta terça-feira grupos de  trabalho para controle do desmatamento na cadeia produtiva da soja e no  setor pecuarista. Os grupos têm o objetivo de propor ações de prevenção  e contribuir para a execução dos planos de combate ao desmatamento na  Amazônia e no Cerrado. As medidas são necessárias para o cumprimento das  metas brasileiras dentro do Acordo de Paris sobre mudança do clima.
A estratégia é construir novas bases para acordos setoriais dentro da  quarta fase do Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento  na Amazônia (PPCDAm) e do Plano de Ação para Prevenção e Controle do  Desmatamento e das Queimadas no Cerrado (PPCerrado). Participam do grupo  representantes de quatro secretarias do MMA, do Ibama e do Instituto  Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
No caso da soja, o Grupo de Trabalho terá reuniões com periodicidade  mínima de três meses. As atividades incluirão a construção de acordos  setoriais como a moratória da soja, pacto de mais de 10 anos que impede a  comercialização do grão proveniente de áreas desmatadas da Amazônia. O  GT também discutirá propostas voltadas para a promoção da  sustentabilidade e da rastreabilidade no setor. Além disso, buscará  soluções inovadoras para frear a expansão da soja em áreas de vegetação  natural.
Já o Grupo de Trabalho para Controle do Desmatamento na Cadeia  Produtiva da Pecuária identificará iniciativas do governo e de outras  instituições sobre a atividade pecuarista, além de promover a  sustentabilidade e o monitoramento do setor. O GT também desenvolverá  soluções para o controle da origem do gado e para a verificação da  conformidade dos imóveis rurais, além de contribuir para a construção de  acordos setoriais que busquem o combate ao desmatamento.
Também criado nesta terça-feira, o Grupo de Trabalho sobre Pagamento  por Serviços Ambientais (PSA) atuará na elaboração de políticas públicas  para o PSA relacionados à conservação das florestas. A equipe vai  formular proposta de programa de apoio e incentivo à conservação com  base nesse tipo de mecanismo de mercado, utilizado com sucesso em países  como a Costa Rica, México e Estados Unidos, além do Brasil. A proposta  do GT inclui a instituição de um sistema integrado, entre estados e  governo federal, visando a criação de um mercado de serviços ambientais.
O Brasil é referência nesse tipo de programa. O Bolsa Verde,  coordenado pela Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural  Sustentável (SEDR) do MMA, e o Produtor de Água e Florestas, da Agência  Nacional de Águas (ANA), têm produzido resultados expressivos como  políticas socioambientais. São Paulo, Santa Catarina, Amazonas e Paraná  também já implementaram políticas de PSA.
As informações são do Ministério do Meio Ambiente.
Fonte: Agronotícias 


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