Execução do programa de prevenção da aftosa está em dia e PR deve suspender vacina

Guilherme Marques durante a reunião de balanço do PNEFA

Balanço foi feito nesta semana em Brasília. Retirada da campanha no estado deverá acontecer junto com Acre, Rondônia, parte do Amazonas e de Mato Grosso

O Paraná deve antecipar de 2021 para maio do ano que vem a retirada da vacinação contra a febre aftosa, se resolver pequenas inconformidades verificadas, como a necessidade de melhorias em postos fiscais. O diretor do Departamento de Saúde Animal (DSA)do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Guilherme Marques disse o ministério enviará ainda neste mês o relatório das inconformidades encontradas em duas auditorias realizadas ao longo deste ano a autoridades sanitárias do estado, que deverão quando resolverão pendências.

Caso, o ministério aceite as correções providenciadas, o estado será autorizado a começar a retirada da vacinação, em sete meses, juntamente com o Acre, Rondônia, parte do Amazonas e de Mato Grosso, estados que fazem parte do chamado bloco 1 do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA). Atualmente o PR, que tem rebanho de 9,5 milhões de bovinos, faz parte do bloco 5 do PNEFA, cuja retirada da vacina está prevista para 2021.

Nesta semana, integrantes do DSA e representantes das 27 unidades federativas, estiveram reunidos na Escola Nacional de Gestão Agropecuária (Enagro), em Brasília, para avaliar o primeiro ano de execução do PNEFA (2017/2026). Conforme Marques, para dar suporte ao programa, a Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) está buscando no Congresso Nacional emendas parlamentares que garantam R$ 150 milhões para a defesa, dos quais R$ 100 milhões serão direcionados à saúde animal nos estados.

O chefe da Divisão de Febre Aftosa do ministério, Diego Viali, informou que o cronograma do PNEFA está ocorrendo dentro do previsto, com os estados do bloco 1 realizando as ações esperadas. Também estão sendo tomadas as medidas para organizar os blocos 2 e 3. Do 2, fazem parte Amazonas, Amapá, Pará e Roraima. O 3 é integrado por Alagoas, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte.

Em relação ao Paraná o ministério considera possível a antecipação, cabendo ao governo local, no final, decidir pela aceleração. Os pontos que o Mapa está focando no Paraná são a estruturação dos postos fixos de entrada e saída de animais nas divisas do estado, bem como o controle de trânsito, pois o PR terá que garantir que os animais e seus produtos e subprodutos estão sendo fiscalizados. Precisará ter maior controle e vigilância quando não houver mais a proteção da vacinação.

A chefe da Seção de Saúde Animal da Superintendência Federal da Agricultura do PR, Juliana Azevedo Castro, lembrou que “o estado foi submetido em janeiro a auditoria do Programa Quali SV - Qualidade e Serviço Veterinário”, sendo bem avaliado. Durante o ano, o serviço veterinário estadual pediu ao DSA uma auditoria nos postos de divisa com São Paulo e Mato Grosso do Sul, para saber a condição desses locais. A auditoria foi feita no começo de setembro, quando foram visitados todos os postos das divisas entre os dois estados. O Paraná tem 33 postos nas fronteiras com SP, MS e Santa Catarina.
 
Fonte: MAPA

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