A cartilha Bingo Banana – Tecnologia social para agricultura familiar, editada pela Embrapa Amazônia Oriental (Belém, PA), já está disponível em versão on-line. O trabalho representa um incentivo ao cultivo de bananeira no Pará, estado com reconhecido potencial de expansão da cultura (detém somente cerca de 6% da produção nacional), mas onde grande parte da banana consumida ainda vem de fora, em especial da região Nordeste.
Acesse a cartilha AQUI
Na publicação encontram-se todos os passos para a implantação e a manutenção do Bingo Banana, um sistema de cultivo em que a disposição das plantas no campo segue um traçado quadriculado, como no desenho de uma cartela de bingo – semelhança essa que inspirou o nome da tecnologia. Em cada quadrinho, uma bananeira. O “jogo” começa com 16 mudas, cujos perfilhos (brotos) preencherão mais tarde o restante das cem “casas” do bingo.
Os responsáveis pela tecnologia e também autores da cartilha, Moisés de Souza Modesto Júnior e Raimundo Nonato Brabo Alves, respectivamente analista e pesquisador da Embrapa, explicam que o trabalho oferece aos agricultores familiares uma alternativa tecnológica de fácil adoção. “O Bingo Banana incentiva o uso de cultivares melhoradas, mais produtivas e resistentes às pragas e doenças, como a BRS Pacoua, recomendada pela Embrapa para o estado do Pará. Além disso, não se usa fogo no preparo da área de roça, o que torna a tecnologia sustentável nos âmbitos ambiental, social e econômico ”, comenta Raimundo Brabo.
Por suas características e o sucesso dos resultados alcançados, o Bingo Banana é uma tecnologia social, certificada pela Fundação Banco do Brasil em 2017. “É uma estratégia simples de transferência de tecnologia para agricultores familiares que não dispõem de recursos para aquisição de mudas melhoradas, porém se sentem estimulados, com a praticidade constatada, a formar pequenos roçados de bananeira. O passo a passo do manejo da cultura é descomplicado e o agricultor nota que obtém maior rentabilidade já a partir do segundo ano de cultivo”, destaca Moisés Modesto.
Os autores ressaltam que o Bingo Banana pode ser objeto de políticas públicas de extensão rural, pela possibilidade de alcance de milhares de famílias. “Como exemplo hipotético, para beneficiar cem famílias, seriam necessárias apenas 1,6 mil mudas melhoradas. Estima-se que, após 12 meses, seja possível formar 160 mil touceiras de bananeiras com mãe, filha e neta, em 10 hectares produzindo aos 24 meses. Após 2 anos de cutivo, é possível que sejam disponibilizadas, dessas áreas, em torno de 120 mil mudas para formação de novos Bingos Banana”, escrevem
O texto e as ilustrações distribuídos em 24 páginas facilitam o entendimento dos processos tecnológicos do Bingo Banana, desde os procedimentos para instalação e manutenção dos bananais até os materiais, equipamentos e custos necessários para implantação. Na apresentação da obra, o chefe-geral da instituição, Adriano Venturieri, esclarece que a Embrapa Amazônia Oriental espera, agora com o reforço da cartilha, que essa tecnologia “tenha contribuição efetiva para os agricultores familiares, com protagonismo social, respeito cultural, cuidado ambiental e solidariedade econômica”.
Izabel Drulla Brandão (MTb 1084/PR)
Embrapa Amazônia Oriental
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Na publicação encontram-se todos os passos para a implantação e a manutenção do Bingo Banana, um sistema de cultivo em que a disposição das plantas no campo segue um traçado quadriculado, como no desenho de uma cartela de bingo – semelhança essa que inspirou o nome da tecnologia. Em cada quadrinho, uma bananeira. O “jogo” começa com 16 mudas, cujos perfilhos (brotos) preencherão mais tarde o restante das cem “casas” do bingo.
Os responsáveis pela tecnologia e também autores da cartilha, Moisés de Souza Modesto Júnior e Raimundo Nonato Brabo Alves, respectivamente analista e pesquisador da Embrapa, explicam que o trabalho oferece aos agricultores familiares uma alternativa tecnológica de fácil adoção. “O Bingo Banana incentiva o uso de cultivares melhoradas, mais produtivas e resistentes às pragas e doenças, como a BRS Pacoua, recomendada pela Embrapa para o estado do Pará. Além disso, não se usa fogo no preparo da área de roça, o que torna a tecnologia sustentável nos âmbitos ambiental, social e econômico ”, comenta Raimundo Brabo.
Por suas características e o sucesso dos resultados alcançados, o Bingo Banana é uma tecnologia social, certificada pela Fundação Banco do Brasil em 2017. “É uma estratégia simples de transferência de tecnologia para agricultores familiares que não dispõem de recursos para aquisição de mudas melhoradas, porém se sentem estimulados, com a praticidade constatada, a formar pequenos roçados de bananeira. O passo a passo do manejo da cultura é descomplicado e o agricultor nota que obtém maior rentabilidade já a partir do segundo ano de cultivo”, destaca Moisés Modesto.
Os autores ressaltam que o Bingo Banana pode ser objeto de políticas públicas de extensão rural, pela possibilidade de alcance de milhares de famílias. “Como exemplo hipotético, para beneficiar cem famílias, seriam necessárias apenas 1,6 mil mudas melhoradas. Estima-se que, após 12 meses, seja possível formar 160 mil touceiras de bananeiras com mãe, filha e neta, em 10 hectares produzindo aos 24 meses. Após 2 anos de cutivo, é possível que sejam disponibilizadas, dessas áreas, em torno de 120 mil mudas para formação de novos Bingos Banana”, escrevem
O texto e as ilustrações distribuídos em 24 páginas facilitam o entendimento dos processos tecnológicos do Bingo Banana, desde os procedimentos para instalação e manutenção dos bananais até os materiais, equipamentos e custos necessários para implantação. Na apresentação da obra, o chefe-geral da instituição, Adriano Venturieri, esclarece que a Embrapa Amazônia Oriental espera, agora com o reforço da cartilha, que essa tecnologia “tenha contribuição efetiva para os agricultores familiares, com protagonismo social, respeito cultural, cuidado ambiental e solidariedade econômica”.
Izabel Drulla Brandão (MTb 1084/PR)
Embrapa Amazônia Oriental
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