Primeiro dia do 4° Seminário de Políticas Públicas teve a participação de mais de 500 pessoas

 

Na próxima quarta-feira (19) ocorre o segundo dia do evento. Inscrições permanecem abertas

Nesta quinta-feira (13/8), foi realizado o primeiro dia do 4° Seminário de Políticas Públicas – Cenários e Perspectivas da Pesquisa Agropecuária, promovido pela Superintendência de Inovação e Economia Agropecuária (Siea) da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), em parceria com a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerias (EPAMIG). A conferência, que pela primeira vez teve formato de webinário por conta da pandemia de Covid-19, contou com a participação de mais de 500 pessoas ao longo de sua exibição. 

A abertura do seminário foi feita pela secretária de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Ana Maria Valentini, e pela presidente da EPAMIG, Nilda de Fátima Soares. A secretária lembrou que a pesquisa agropecuária foi e continua sendo grande aliada do agronegócio.  

“Os grandes avanços do setor só foram possíveis por causa do trabalho incansável de pesquisadores. Em Minas, é possível verificar a importância destes trabalhos em nossas principais culturas, a começar pelo café, nosso carro-chefe. Hoje, a busca pelo aumento da produtividade no campo, aliada ao conceito de sustentabilidade e preservação ambiental, só é possível por causa das inovações tecnológicas, que têm como fundamento as pesquisas”, pontuou a Ana Valetini. 

A presidente da EPAMIG destacou a “extrema importância” de se discutir, neste momento, a pesquisa agropecuária. “Com certeza ela irá direcionar esse novo momento que estamos vivendo, tanto agora como no pós-pandemia. Sabemos que, para assegurar o alimento na mesa do consumidor, muito será exigido da pesquisa e da transferência destes resultados. Este é um momento mais que oportuno para discutirmos o processo de pesquisa na produção de alimentos. Precisamos assegurar a qualidade e quantidade de alimentos para nossa sociedade”, argumentou Nilda de Fátima. 

Palestras

O pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Rafael Vivian falou sobre a “Conexão entre Pesquisa Agropecuária, Patentes e Negócios”. Ele apresentou alguns trabalhos da entidade, que possui hoje o 4º maior banco de germoplasma do mundo. 

“São mais de 800 espécies vegetais; 113 mil acessos em termos de germoplasmas semente; banco de DNA, tanto vegetal como animal; e, o que está mais em tona neste momento, que são os micro-organismos. Pensando em uma política de bio-insumos, existe todo um conjunto de produtos e serviços relacionados aos micro-organismos, e o Brasil está passando neste momento por um grande desafio, para nos apropriarmos desses organismos e gerarmos tecnologias e ferramentas para o setor agropecuário”, afirmou Rafael Vivian. 

Na sequência, o presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Evaldo Vilela, analisou as perspectivas para o setor agropecuário. 

“Com a pandemia, há uma percepção muito grande de que nossa sobrevivência depende da ciência, das vacinas e, também, do alimento. O Brasil está cumprindo um papel muito importante na garantia da segurança alimentar mundial. Também está muito clara a necessidade de uma produção mais sustentável, algo que veio muito forte nesse momento e que cria um desafio para a pesquisa agropecuária brasileira e global”, disse o presidente do CNPq. 

A última apresentação do primeiro dia do simpósio foi do professor e pesquisador da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Antônio Marcio Buainain, sobre “Tendências Nacionais e Internacionais da Pesquisa Agropecuária Pública e Privada”. Ele destacou a necessidade do agronegócio em se adaptar ao chamado “Paradigma dos S’s”: Sustentabilidade Ambiental; Segurança Alimentar; Sanidade e Segurança dos Alimentos; Saúde Humana, Animal e Ambiental; e Sociedade. 

“Cada um destes pontos contempla uma agenda enorme de desafios para a pesquisa agropecuária. A sustentabilidade, por exemplo, nos remete de imediato às mudanças climáticas, à contenção do desmatamento da Amazônia, à preservação dos nossos biomas. Já a segurança alimentar leva ao desafio de termos que expandir a produção respeitando a sustentabilidade e, para isso, temos que aumentar a produtividade e a utilização racional dos recursos naturais. A sanidade também nos remete a uma agenda de pesquisa muito grande, como a busca por produzir alimentos inócuos, sistemas de rastreabilidade e de certificação”, explicou Buainain. 

Ao final das apresentações foi realizado um debate ao vivo, com moderação do subsecretário de Política e Economia Agropecuária da Seapa, João Ricardo Albanez, e respondidas perguntas enviadas pelos participantes.Para assistir ao primeiro dia do 4° Seminário de Políticas Públicas, basta acessar o canal no Youtube da Seapa

Continuação

Na próxima quarta-feira (19) o evento continua com palestras da professora Adriana Bin (Unicamp), do pesquisador Sílvio Crestana (Embrapa) e do diretor Rafael Fuentes Llanillo (Consepa). O debate final terá moderação do diretor da EPAMIG, Trazilbo José de Paula, e a abertura oficial será feita pelo subsecretário João Ricardo Albanez e pelo superintendente de Inovação e Economia Agropecuária da Seapa, Carlos Eduardo Bovo. 

Para se inscrever para o segundo dia do 4° Seminário de Políticas Públicas, basta acessar o site do Sympla, clicando AQUI.

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