Segundo maior bioma natural do país, atrás apenas da Amazônia, o
Cerrado apresentou melhoras na taxa de desmatamento nos últimos dois
anos. Os dados divulgados hoje (21) pelo Ministério do Meio Ambiente
fazem parte de monitoramento feito por satélites do Instituto Nacional
de Pesquisas Espaciais (Inpe). Na comparação de 2016 com o ano anterior,
a redução foi de 43%. Apesar do recuo, a perda cobertura vegetal na
região chega a 51%.
A área devastada em 2017 era de 7.408 quilômetros quadrados, um
tamanho 38% menor do que o registrada em 2015, quando a extensão era de
11.881 quilômetros quadrados.
Ações
O ministro do Meio Ambiente, Edson Duarte, atribuiu às práticas
associadas ao agronegócio parte da responsabilidade do desmatamento no
Cerrado. "Esse desmatamento legal está previsto na lei brasileira e
defendemos que seja feito dentro da legalidade", afirmou.
Para Duarte, é fundamental intensificar o diálogo com representantes
da pecuária e da agricultura, principalmentem, em 11 estados e no
Distrito Federal nos quais há mata de Cerrado. Segundo ele, o objetivo é
promover maior conscientização sobre os impactos de sua cadeia
produtiva.
O ministro pretende criar um grupo de trabalho com representantes dos
governos e integrantes a sociedade civil. Além disso, o governo
prometeu reforçar ações para coibir crimes ambientais no local,
empregando, inclusive, forças policiais.
Desmatamento
O Cerrado se estende por mais de 2 milhões de quilômetros quadrados
(Km2) do território brasileiro, o que equivale a quase 24% do país.
Contudo, a área com vegetação íntegra do bioma já foi reduzida a cerca
de 20% de sua cobertura original.
Um estudo do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam)
mostra que em 15 anos o desmatamento no Cerrado foi mais intenso que na
Amazônia.
De 2000 a 2015, o bioma perdeu 236 mil quilômetros quadrados,
enquanto a perda na Amazônia, bioma duas vezes maior, foi de 208 mil
quilômetros quadrados. Só no ano de 2015, o volume desmatado do Cerrado
correspondeu a mais da metade da área devastada da floresta amazônica.
Por Letycia Bond
Fonte: Agência Brasil
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