CNA e entidades discutem propostas para setor lácteo com ministra da Agricultura



Representantes da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e da cadeia produtiva de lácteos se reuniram com a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, na quinta (17), em Brasília. O encontro serviu para apresentar as principais demandas do setor e discutir políticas do novo governo para a atividade.

“Precisamos de ideias novas para que esse setor tão importante saia dessa gangorra em que sempre vive. Temos assuntos muito importantes pela frente, mas existe aqui um otimismo muito grande e uma vontade conjunta de trabalhar todos os elos da cadeia”, disse Tereza Cristina.

No primeiro encontro desde a posse da ministra, a CNA e outras sete entidades (OCB, Viva Lácteos, ABIQ, Embrapa Gado de Leite, Abraleite, Sindilat/RS e G100) entregaram um documento com uma agenda positiva para melhorar a competitividade do setor lácteo brasileiro. A ideia é que a Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Leite e Derivados apresente propostas para acelerar a modernização do segmento.

“Apontamos algumas questões que são importantes e propomos a definição de um prazo para que a Câmara construa um documento com as demandas e as políticas públicas necessárias para o setor de produção de leite e derivados”, afirmou o presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da CNA, Rodrigo Alvim.

O documento sugeriu alguns eixos temáticos que deverão ser trabalhados em conjunto, de forma estrutural e conjuntural. Entre eles estão medidas de defesa comercial contra importações desleais, competitividade (desoneração tributária, política agrícola, isonomia competitiva, infraestrutura, assistência técnica, qualidade e sanidade), inovação tecnológica, promoção do consumo e imagem do setor e estímulo às exportações.

Um assunto que segue preocupando o setor e as autoridades é o custo de produção da atividade, fator essencial para o leite brasileiro ser competitivo. Sem a desoneração da cadeia produtiva, as exportações ficam inviabilizadas e o Brasil seguirá sofrendo com as importações e as oscilações que afetam diretamente os produtores.

“Para sermos competitivos, nós precisamos reduzir o custo do produto. Hoje, lá fora, se produz mais barato que no Brasil. Então, o produtor tem um custo elevado e na hora de vender o leite sobra muito pouco ou nada. Dependendo da época ele fica no vermelho e paga para trabalhar. Isso é que nós precisamos inverter”, declarou a ministra.
 
Fonte: FAEMG

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