Governo aprova plano de R$ 2.9 milhões para expandir produção de trigo no Cerrado


 

Num momento em que se discute segurança alimentar após a guerra da Ucrânia reduzir a oferta mundial de trigo, a Embrapa conseguiu que o Ministério da Agricultura aprovasse seu plano de expansão da produção de trigo no Cerrado brasileiro. Os recursos previstos de R$ 2.9 milhões deverão fomentar ações nesse sentido nos próximos 36 meses.

O plano tem por objetivo aumentar a área de cultivo em 40% até 2025, de 252.000 hectares em 2021, para 353.000 hectares; capacitar 70 assistentes técnicos; produzir 1.760 toneladas de sementes no período; e apoiar 22 dias de campo, 36 unidades demonstrativas, 22 lavouras expositivas e 143 visitas técnicas, além de fóruns e reuniões de pesquisas.

Segundo informações da Embrapa, as ações de pesquisa e transferência de tecnologia atingirão os estados de São Paulo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Bahia, além do Distrito Federal.

Chamado de Termo de Execução Descentralizada – ou TED do Trigo Tropical, o plano foi construído a partir de demandas do setor produtivo e apresentado ao Ministério da Agricultura, pela primeira vez, em setembro de 2020.

“É preciso considerar que, além de prover segurança alimentar ao país, a expansão do trigo no Cerrado também promove agregação de renda e empregos na região, principalmente em empresas de insumos e produtores de sementes, já que a cultura do trigo é inserida em áreas que ficam em pousio na estação seca”, indicou Jorge Lemainski, chefe-geral da Embrapa Trigo, em nota.

Produção

O trigo, ao lado dos fertilizantes, é um dos principais produtos importados pelo agro brasileiro, onerando a Balança Comercial do País em R$ 10 bilhões por ano.

Em 2021, a produção brasileira de trigo chegou a 7.7 milhões de toneladas, com importação de outras 6.2 milhões de toneladas. “O projeto de expansão do trigo tropical pode ser viabilizado financeiramente pela redução de gastos com as importações de trigo, além da geração de renda com a dinamização da economia no Brasil Central”, indicou Lemainski.

Fonte: Valor

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