De acordo com levantamento do Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG), o Brasil emitiu, em 2017, um total de três giga toneladas de carbono para a atmosfera.
As emissões de gases que promovem o efeito estufa, no Brasil, atingiram, em 2017, três giga toneladas de carbono emitidos para a atmosfera, registrando o maior aumento desde 2004. As informações foram divulgadas neste mês e fazem parte do último levantamento do Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG), uma iniciativa do Observatório do Clima. Esses números tendem a aumentar.
Diante desse cenário, pela primeira vez, pesquisadores do Imaflora (Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola), órgão da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), em parceria com pesquisadores da Universidade KHT Royal Institute Technology, da Suécia, através do estudo “Who Owns the Brazilian Carbon?”, identificaram onde estão as maiores concentrações de estoque de carbono no Brasil e a quem pertencem.
O estudo se baseou no mapa da malha fundiária brasileira, construído por essa mesma equipe de pesquisadores, dentro do projeto Atlas da Agropecuária Brasileira, quantificou e verificou onde estão alocados os estoques de carbono, em todos os biomas, em terras privadas, em unidades de conservação ou terras indígenas, e ainda se essas áreas estão protegidas do desmatamento por algum mecanismo legal.
Segundo Vinícius Guidotti, pesquisador do Imaflora, o trabalho também apontou os riscos e as ameaças potenciais aos estoques de carbono e, a partir dessas informações, contribuindo para a construção de políticas públicas e privadas para reduzir o aquecimento global.
O pesquisador acrescenta que 50% dessas emissões estão ligadas à mudança de uso da terra, ou seja, desmatamento de vegetação nativa, principalmente dos biomas da Amazônia e Cerrado e outros 25% estão ligados à produção agropecuária no país, tanto a produção de carne, como de commodities e de outras culturas agrícolas.
“A ausência de titulação de terras ou de uma destinação legal clara para 80 milhões de hectares de vegetação, que representam 25% do estoque de carbono do Brasil, estão sujeitos ao desmatamento ilegal, o que levaria a um aumento das emissões brasileiras de gases de efeito estufa”, explica Guidotti.
Diante desse cenário, pela primeira vez, pesquisadores do Imaflora (Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola), órgão da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), em parceria com pesquisadores da Universidade KHT Royal Institute Technology, da Suécia, através do estudo “Who Owns the Brazilian Carbon?”, identificaram onde estão as maiores concentrações de estoque de carbono no Brasil e a quem pertencem.
O estudo se baseou no mapa da malha fundiária brasileira, construído por essa mesma equipe de pesquisadores, dentro do projeto Atlas da Agropecuária Brasileira, quantificou e verificou onde estão alocados os estoques de carbono, em todos os biomas, em terras privadas, em unidades de conservação ou terras indígenas, e ainda se essas áreas estão protegidas do desmatamento por algum mecanismo legal.
Segundo Vinícius Guidotti, pesquisador do Imaflora, o trabalho também apontou os riscos e as ameaças potenciais aos estoques de carbono e, a partir dessas informações, contribuindo para a construção de políticas públicas e privadas para reduzir o aquecimento global.
O pesquisador acrescenta que 50% dessas emissões estão ligadas à mudança de uso da terra, ou seja, desmatamento de vegetação nativa, principalmente dos biomas da Amazônia e Cerrado e outros 25% estão ligados à produção agropecuária no país, tanto a produção de carne, como de commodities e de outras culturas agrícolas.
“A ausência de titulação de terras ou de uma destinação legal clara para 80 milhões de hectares de vegetação, que representam 25% do estoque de carbono do Brasil, estão sujeitos ao desmatamento ilegal, o que levaria a um aumento das emissões brasileiras de gases de efeito estufa”, explica Guidotti.
De acordo com o pesquisador, são quase 200 milhões de hectares sem proteção. “O levantamento detectou que há um enorme estoque de carbono desprotegido por falta de mecanismos legais, tanto em áreas públicas quanto privadas”.
Guidotti informa ainda que, embora o Código Florestal proteja 75% do carbono por meio de Reservas Legais e Áreas de Preservação Permanente, a situação não é diferente para propriedades privadas, já que existem ainda 101 milhões de hectares desprotegidos e será preciso criar alguns mecanismos legais para proteção da vegetação nativa.
MAIOR EMISSOR
Sobre os maiores responsáveis pelo aumento das emissões de gases de efeito estufa, o pesquisador do Imaflora destaca a bovinocultura como fator principal. “Devido à crise e outros acontecimentos relacionados à pecuária em 2017, houve grande redução de demanda e encarecimento do produto, e boi que fica mais tempo no pasto, ou seja, o boi mais velho, sem ser abatido no tempo correto, acaba emitindo mais metano do que se abatido no tempo normal”, explica.
PERSPECTIVAS
Para reverter ou amenizar esse panorama, Guidotti sugere a criação de políticas públicas que possam ser implementados de acordo com as diferentes realidades ecológicas, produtivas e de governança de cada região.
“A conservação do carbono no Brasil, de acordo os novos números desse estudo, vai depender de uma combinação de políticas, que incluem a regularização fundiária, a destinação de terras, a implementação do Código Florestal e outros instrumentos que priorizem a proteção da vegetação nativa e dos estoques de carbono que excedem a proteção dos mecanismos legais”, argumenta o pesquisador do Imaflora.
Fonte: SNA
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