RenovaBio é sancionado e poderá impulsionar o setor de biocombustíveis no país

Por Paulo Prendes

Com o objetivo de ampliar a utilização de biocombustíveis na matriz energética brasileira, a Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio) foi sancionada pela Presidência da República na última terça-feira (27). A lei prevê a criação de metas compulsórias para redução das emissões de gases de efeito estufa para distribuidoras de combustíveis e a adição obrigatória de biocombustíveis a combustíveis fósseis.

O RenovaBio era uma expectativa do setor Sucroenergético, que contou com o apoio do Governo do Estado de São Paulo e agora se tornou realidade. A maior participação dos combustíveis limpos na matriz energética nacional está de acordo com o compromisso de redução de emissões de carbono assumido pelo Brasil no Acordo do Clima. Entre as diretrizes, programa prevê melhores regras de precificação dos biocombustíveis.

O secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Arnaldo Jardim, comemorou a decisão destacando os ganhos trazidos pelo programa de energias renováveis. “O grande desafio do setor da cana-de-açúcar é enfrentar aumentar produtividade agrícola e industrial para aumentar a sua competitividade. Para isso, é preciso dar um salto significativo de qualidade”, afirmou.

De acordo com o titular da Pasta paulista, O RenovaBio nos trará a oportunidade de redefinir toda a atual estrutura da matriz energética, fazendo com que as políticas públicas se adequem a novos conceitos, que sejam estáveis e duradouros. “O setor de geração de energia está maduro o suficiente para encarar essas mudanças, revitalizando toda a cadeia produtiva e reafirmando a liderança mundial em biocombustíveis”, afirmou.

Até 2030, a estimativa é de que o RenovaBio impulsione um investimento de R$ 500 bilhões, com a geração de mais de um milhão de novos empregos. A utilização dos biocombustíveis deverá representar uma economia de US$ 45 bilhões em importações para o Brasil. Com a produção de mais 54 bilhões de litros de etanol, o dobro do que hoje é gerado, a emissão de CO2 será reduzida de 166 para 45 gramas de CO2 equivalente por quilômetro (g CO2 e/Km).

“Sem dúvida, trará ganhos a toda a cadeia produtiva e ao meio ambiente, contando com o pleno apoio do governador Geraldo Alckmin, que assinou um manifesto demonstrando, ao lado de cerca de 20 entidades representativas da sociedade produtiva, ser favorável ao aumento do uso dos combustíveis verdes na matriz energética brasileira”, ponderou Arnaldo Jardim.
 
Fonte: SAASP

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