Cultivares de gergelim da Embrapa geram R$ 52,9 milhões aos produtores brasileiros

 

Cultivar de gergelim BRS Morena - Foto: Sergio Cobel

Para cada real investido pelo Governo Federal, a Embrapa devolveu à sociedade R$ 17,77 reais, obtendo um lucro social de R$ 61,85 bilhões, conforme o Balanço Social da Empresa, publicado no final do mês de abril. O valor é obtido a partir do cálculo do impacto econômico de uma amostra de apenas 152 tecnologias adotadas pelo agronegócio brasileiro e de 220 cultivares desenvolvidas pela Empresa. No ano passado, a Empresa gerou um lucro social de R$ 61,85 bilhões.  

Entre as campeãs de impacto econômico estão as cultivares de gergelim desenvolvidas pela Embrapa Algodão BRS Seda, BRS Anahí e BRS Morena. Juntas, essas cultivares geraram um impacto econômico de R$ 52,9 milhões para os produtores brasileiros. As cultivares de gergelim do programa de melhoramento da Embrapa para essa cultura tem gerado soluções tecnológicas para atender as demandas dos mercados interno e externo, com alto rendimento para o produtor. 

Nas últimas safras, os pesquisadores têm se dedicado a obter cultivares adaptadas ao cultivo em larga escala, como mais uma opção de renda aos produtores do Cerrado. “Nos últimos anos, a cultura do gergelim tem se tornado uma excelente oportunidade de negócio e, por isso, tem demandado por inovações tecnológicas imprescindíveis para o manejo da cultura nas condições de larga escala, especialmente, o desenvolvimento de cultivares altamente produtivas e adaptadas aos diferentes ambientes, como está acontecendo hoje na região Centro-Oeste”, afirma  Nair Arriel, chefe de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Algodão.

Ela salienta que, além do desenvolvimento de cultivares, é importante aperfeiçoar todo o sistema de produção da cultura para as condições de cultivo em larga escala. “Além dessas cultivares altamente produtivas, temos trabalhado bastante integrados para a melhoria do sistema de produção, aliando modernas técnicas de cultivo mecanizado, o desenvolvimento de tecnologias e práticas de rotação de culturas, o manejo fitossanitário de plantas daninhas, a definição das melhores épocas de semeadura, a determinação das necessidades nutricionais e práticas de colheita”, elenca a pesquisadora. 

“Todo o trabalho de programa de melhoramento genético é para permitir que tenhamos, não apenas a expansão da produção, mas sobretudo a melhoria da qualidade do produto e criando as condições de competir nos mais exigentes mercados mundiais onde o gergelim hoje está em franca expansão”, acrescenta.

Outros destaques

Também foram destaques, no balanço social da Embrapa, a cultivar de algodão de fibra longa BRS 433 FL B2RF e a adoção de soluções tecnológicas como a descaroçadeira e prensa enfardadeira de pequeno porte para o beneficiamento do algodão, plantas de cobertura do solo para a semeadura direta do algodoeiro no Cerrado brasileiro.

Edna Santos (MTB/CE 1700)
Embrapa Algodão

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