O Departamento de Saúde Animal do
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) está
ampliando as medidas de vigilância sanitária que visam evitar o ingresso
do vírus da Peste Suína Africana (PSA) no Brasil. O diretor interino do
DSA, Ronaldo Teixeira, alerta que “as ações de vigilância e o
envolvimento por parte da sociedade brasileira (empresas, técnicos,
produtores, passageiros e órgãos públicos) são fundamentais para manter a
suinocultura do Brasil livre da doença que tem se alastrado em várias
partes do mundo. Já atingiu o Leste da Europa, Ásia, África e Rússia. No
Japão, em agosto, foi registrado foco, inclusive, da forma clássica da
doença. No Brasil, a PSA foi erradicada em 5 de dezembro de 1984 e o
país foi declarado área livre da doença.
Todos os setores do Ministério ligados à
defesa agropecuária, junto com os órgãos estaduais de sanidade
agropecuária e instituições públicas e privadas que atuam na produção,
industrialização e comércio de suínos, além dos suinocultores, irão
tomar as seguintes medidas para evitar a PSA:
- Fiscalizar o descarte adequado de
resíduos alimentares provenientes de aeronaves comerciais e navios
procedentes de países infectados pela doença.
- Reforçar na inspeção de bagagens de passageiros com intuito de detectar alimentos e outros materiais com risco de transmitir o vírus.
- Reforçar na inspeção de bagagens de passageiros com intuito de detectar alimentos e outros materiais com risco de transmitir o vírus.
- Aumentar a atenção ao cumprimento dos requisitos sanitários para importação de suínos vivos, material genético, produtos, subprodutos e insumos de países de risco.
- Intensificar a vigilância em criações de maior risco e em “lixões”.
- Dar maior agilidade no envio e processamento de materiais biológicos (amostras) para diagnóstico de casos suspeitos.
- Sensibilizar os produtores e fiscalização dos padrões de biosseguridade das granjas comerciais de suínos.
Na terça-feira, o ministro Blairo Maggi reuniu técnicos, determinou providências e gravou vídeo alertando produtores e a população para ter cuidados especiais.
A população também deve colaborar na
prevenção da PSA, evitando o contato com suídeos (javalis) silvestres ou
domésticos doentes ou encontrados mortos, antes de qualquer contato com
suínos sadios. Deve notificar ao Serviço Veterinário Oficial (SVO)
qualquer caso de doença hemorrágica ou de mortalidade anormal de suídeos
silvestres ou domésticos. Os criadores de suínos, sejam comerciais ou
não, devem reforçar as práticas e cuidados de biossegurança, e notificar
o Serviço Veterinário Oficial sobre eventual ocorrência de mortalidade
anormal em suínos com sinais clínicos compatíveis com PSA.
As pessoas que viajam para países onde
existem registros da PSA, devem evitar visitar locais de criação de
suínos. Se tiverem tido algum contato com esses animais, devem realizar a
higienização imediata de calçados e vestimentas usadas, e, pelo período
de sete a 15 dias evitar o contato com suínos domésticos.
A peste suína africana é uma doença
viral, não oferece risco à saúde humana, não sendo transmitida ao homem,
mas pode dizimar plantéis de suínos, sendo altamente infecciosa, o que
exige o sacrifício dos animais, conforme determina a Organização Mundial
de Saúde Animal (OIE).
O Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento disponibiliza equipe especializada para demais
esclarecimentos através do seguinte telefone DDG 0800 704 1995.
Fonte: MAPA
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